quarta-feira, 9 de agosto de 2017

Fidedignidade: uma qualidade em pesquisa

Fidedignidade: uma qualidade em pesquisa
Cristina Maria Rosa

Tu sabes o que é fidedignidade?
É ser fiel à verdade, ser leal, exato, verídico. Em pesquisa, é ser capaz de expressar o que se os dados revelam. Para o dicionário Aurélio, é a “Qualidade daquele ou daquilo que é fidedigno” e fidedigno, é “digno de todo o crédito”.
Todo pesquisador, mesmo que discorde de resultados de pesquisas a partir de evidências que os dados revelam, deseja ser fidedigno. Deseja ser capaz de revelar, a si mesmo e aos demais, as informações que, em entrevistas, questionários e observações pode colher como retrato de um tempo, um momento, uma realidade.
Mas pesquisar é muito mais do que ser fidedigno, uma vez que pressupõe relação entre dados. E essas relações são de vários tipos, entre eles, as relações de inteligência(pensar) sobre as revelações, dedúvida (questionar) sobre os dados e suas revelações, de ponderação(supor) sobre o evidenciado, deafirmação (concluir) de pequenas “verdades” e de estabelecimento deparâmetros (generalizar) para pesquisar mais e com maior afinco.
No entanto, nenhuma pesquisa pode deixar de ser fidedigna, sob o risco de perder a credibilidade.
Pesquisa Qualitativa
A pesquisa e, especialmente, a pesquisa de cunho qualitativo, de acordo com Van Zanten (2004) pressupõe que o ponto de vista do investigador seja “um pouco mais válido do ponto de vista científico” que os demais olhares a respeito do mesmo fenômeno, pois este olhar – o do pesquisador – “representa rigor no trabalho de investigação”.
Por ser um trabalho no qual se aplica técnicas, seus resultados se inscrevem em um campo de produção científica, mesmo quando se trata de um estudo pequeno, localizado. Assim, sua validade diz respeito à contribuição que oferece a um conhecimento já existente.
É bom lembrar que toda investigação aponta algo novo ao campo total de conhecimento e esse “novo” pode ser um olhar a respeito de um fenômeno, uma forma de olhar, um recorte que revela algo inusitado, uma peculiar relação estabelecida entre dados e mesmo, a negação de tudo que anteriormente se sabia a respeito do estudado.
A questão central em pesquisa qualitativa não é o tamanho do grupo que se estuda e, sim, o enfoque que se pode dar aos dados revelados. E não se pode ignorar que a maneira como são restituídos os resultados também produzem efeitos nas idéias e em sua generalização. Ou seja, a cada vez que se disponibilizam dados coletados, estes se integram ao público que os conhece que, desta forma, se torna mais culto em relação ao fenômeno.
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